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ENSINAR A APRENDER: UMA PLANTINHA A SER REGADA, CHAMADA CÉREBRO INFANTIL!

Olá pais e professores,
Você já se perguntou como o cérebro dos pequenos é capaz de aprender?E como ele se desenvolve a cada ano que passa?
Hoje em nosso Blog, vamos falar um pouco sobre como o cérebro infantil não espera para aprender, e que ele deve ser estimulado de diferentes maneiras, para cada idade!
Os educadores costumam comparar o cérebro a uma plantinha: você tem de regá-lo e, então, dar tempo ao tempo. “As flores só vão brotar depois. Os pais não são os jardineiros, mas parceiros nessa jornada. 
Confira também como estimular a aprendizagem com jogos!
Vamos regar esta plantinha, e gerar bons frutos?
ENSINAR A APRENDER: UMA PLANTINHA A SER REGADA, CHAMADA APRENDIZAGEM INFANTIL!
Há uma expressão conhecida: ensinar é uma arte. Hoje, essa arte tem de estar amparada em ciência. Assim como a ciência, a criatividade e a arte nem sempre funcionam. Ciência e arte precisam se completar para que nenhuma criança fique para trás.
O cérebro de uma criança não vai esperar. É preciso saber o quê, como e quando ensinar. Saber avaliar crianças, estabelecer a educação baseada em evidências para mudar o que não funciona.
JANELAS ABERTAS 

A maior parte das transformações no cérebro ocorre nos seis primeiros anos de vida. Como a criança nasce com mais neurônios do que vai precisar na vida adulta, nesse período ocorre o que os neurocientistas chamam de “poda” cerebral.

Nesse processo, as sinapses – ligações entre os neurônios – mais integradas ao sistema sobrevivem, enquanto as menos utilizadas são descartadas. Para se ter uma idéia, do primeiro ao quinto ano de vida são eliminadas cerca de 100 mil conexões por segundo. Isso não quer dizer, porém, que a poda seja ruim.
Faz parte do desenvolvimento do cérebro. Quando não acontece por completo, pode ocasionar certos tipos de retardo mental. 
Mas não é a única revolução que se passa no cérebro, nessa época. “Abrem-se” também as janelas de oportunidades, nome poético que os cientistas usam para chamar o período especialmente fértil ao aprendizado de certas habilidades.
 
Então, quanto mais cedo a criança começar a aprender coisas novas, sejam as letras, as cores ou os números, melhor? Não, afirmam os especialistas, em coro. “Tudo tem uma idade e uma medida certa”
 
Ensinar às crianças o alfabeto antes dos 2 anos, por exemplo, não é adequado. Isso porque, nessa idade, ela está na fase sensório-motora: é o melhor momento para desenvolver os sentidos e os movimentos – e não a lógica das letras.
 
Mesmo as mais velhas ainda têm o pensamento concreto. Por isso, brincar com cubos de montar é mais eficiente do que decorar números em cartolinas.
 
COMO ENSINAR A APRENDER?
 
Ensinar tornou-se mais complexo no Brasil. Ao bom passo, atingiu-se o acesso universal e inclusivo necessário, mas em palestras e cursos existe uma angústia que se repete: “O que eu faço? ”.
A neurociência não tem uma resposta única. Nenhuma área, seja no campo das humanas ou das biológicas, sozinha, tem. Abandonemos os dogmas na educação brasileira. Aceitemos a participação da ciência.
 Da parte da neurociência, fixa em um ponto: a neuroplasticidade. O nosso cérebro, ao longo da vida, tem essa propriedade fantástica de alterar-se devido a mudanças no ambiente, ao aprendizado, a emoções e a alterações causadas por lesões.
 Essa propriedade nos permite recuperar a fala após uma lesão cerebral e aprender ao longo da vida. Mas, para aprender a ler, por exemplo, há um período especial.
A plasticidade é ótima e especial na criança. Na pré-escola e no início do ensino fundamental, tem-se a oportunidade única de ensinar o alicerce fonológico e fonêmico necessário para aprender a ler.
Esse alicerce da alfabetização não pode esperar. Mas, se a plasticidade é uma propriedade do cérebro, por que a urgência? Pois pergunte a um professor do ensino de jovens adultos (EJA) o quanto é difícil alfabetizar tardiamente.
 A plasticidade de regiões sensoriais no cérebro é única na criança. O que isso significa? Não se pode esperar para estimular o desenvolvimento de habilidades pré-leitoras, como consciência fonológica; ou esperar para alfabetizar e desenvolver a consciência fonêmica, a fim de ensinar as associações fundamentais entre letra e som, que dependem de adaptações no sistema sensorial do cérebro da criança.
 Depois, fica mais difícil. Também por causa dessa janela de tempo, é preciso saber identificar o quanto antes as crianças que não estão aprendendo a ler e, principalmente, as que apresentam dificuldades que apontam para um risco de outras ainda maiores: os transtornos de aprendizagem.
 Ensinar a ler, avaliar e remediar tem de ocorrer logo, sob pena de ser tarde demais. Adaptando o slogan “A mente é algo terrível de desperdiçar”, do United Negro College Fund: o cérebro de uma criança é algo terrível de desperdiçar.
Os educadores costumam comparar o cérebro a uma plantinha: você tem de regá-lo e, então, dar tempo ao tempo. “As flores só vão brotar depois. Os pais não são os jardineiros, mas parceiros nessa jornada. 


PRINCIPAIS ÁREAS DO CÉREBRO ESTIMULADAS
 

LOBO OCCIPITAL – Responsável pelo processamento da informação visual. Recebe estímulos de brinquedos e objetos coloridos, ilustrações, videogame e televisão.
 
LOBO PARIETAL – Relacionado às sensações táteis e habilidades matemáticas e espaciais. Estimulado pelas brincadeiras, brinquedos e música.
 
LOBO TEMPORAL – Encarregado do processamento dos sons, da compreensão da linguagem e do gerenciamento da memória. Estimulado pela leitura de histórias, música, instrumentos musicais, brinquedos e pelo aprendizado de idiomas.
 
LOBO FRONTAL – Responsável pelo pensamento, planejamento, comportamento, emoção e movimentos voluntários. Estimulado pela música, leitura, brincadeiras, videogame, movimentos corporais (como a dança).
 
LOBO TEMPORAL
Além disso, os pais e cuidadores devem estar sempre interagindo com a garotada, brincando e conversando desde os primeiros dias de vida. O toque, por exemplo, estimula a função cerebral responsável pela sensibilidade, a primeira a se desenvolver, assim como a visual e a motora.
 
 Para incentivar as funções visuais, a criança precisa manter contato com brinquedos e objetos de cores vivas e contrastantes. As motoras são estimuladas por meio de brincadeiras.
 
 
DICA DE ATIVIDADE
Jogos de tabuleiro
Jogos que envolvam estratégias de raciocínio dão à criança a oportunidade de explorar o problema proposto de forma planejada, sistemática e ordenada. “Eles ajudam a criança a não agir de maneira impulsiva”, conta a pedagoga Silvânia Assis, do Colégio Pitágoras.

Alguns jogos, além de auxiliarem na concentração e tolerância à frustração, oferecem uma riqueza simbólica enorme, fazendo com que a criança experimente como é desempenhar papéis diferentes, como comandantes, princesas, reis, banqueiros, etc.

 

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