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Como trabalhar o autismo na educação infantil

O autismo na educação infantil reserva estratégias que vêm ao encontro do desenvolvimento das crianças que são assistidas por vocês. Como já deve ser de seu conhecimento, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) interfere em habilidades que são importantes para a desenvoltura do menor em todos os espaços e contextos. Comunicação, interação social, aprendizagem e outros aspectos são comumente afetados na ocorrência do TEA. Diante disso, percebe-se uma necessidade de que estratégias sejam estabelecidas com o objetivo de favorecer a convivência e o desempenho do aluno em sala de aula. 

Pensar em determinados detalhes para a criança com autismo é muito importante, uma vez que cada estudante que chega à escola traz consigo a vivência que ele teve até o momento. Sendo assim, cada um apresenta uma experiência única. Com os alunos que vivem com o TEA não é diferente.

Quem atua na educação infantil deve estar sempre atento em relação ao que vai ser utilizado em sala de aula?

Quem atua na educação infantil deve estar sempre atento em relação ao que vai ser utilizado em sala de aula, sobretudo quando a turma contar com um aluno diagnosticado com autismo. Os educadores precisam promover algumas observações que se referem ao comportamento tanto da criança com TEA quanto de seus colegas. A interação entre elas é um aspecto que precisa de análise.

A partir desse ponto, algumas proposições podem ser feitas com o objetivo de proporcionar atividades que sejam responsáveis por induzir atitudes positivas e que sejam suficientes para favorecer o desenvolvimento das crianças.

Você sabe quais são os aspectos que devem ser seguidos para possibilitar a vida escolar do pequeno?

 – O primeiro passo é entender a dinâmica daquela criança. Observar a forma que ela se coloca naquele contexto da sala de aula é algo fundamental. Dependendo da tipologia do autismo (leve, moderado, severo), vocês precisam de um auxílio para que o aluno consiga realizar as tarefas propostas, respeitando sempre o limite da capacidade que ele apresenta para tal finalidade. 

Analisar as hipersensibilidades do aluno é um ponto de extrema importância, uma vez que o autismo tem entre suas características alguns sentidos que são bastante aguçados. Por exemplo, se o aluno apresentar uma audição muito sensível, vocês devem conversar com as crianças da turma para que todos procurem falar o mais baixo possível a fim de que todos possam ser ouvidos. Pode haver momentos de exaltação, mas para essas situações, o aconselhável é não gritar em sala de aula para que o pequeno não fique prejudicado. 

E a comunicação?

Falando em comunicação, um detalhe para ser trabalhado com crianças com TEA é a não utilização de expressões com duplo sentido, gírias, trocadilhos, metáforas, etc. Elas compreendem somente frases e orações em sentido literal. Portanto, não é aconselhável que se utilize falas que tendem a confundir o entendimento do aluno. 

A linguagem corporal é outro aspecto que deve ser observado, pois ela funciona como uma importante fonte de informação, levando em conta que o vocabulário de um estudante com autismo pode ser mais limitado. Sendo assim, alguma agitação ou isolamento tende a demonstrar que algo pode estar causando incômodo. 

Vocês, professores, podem criar brincadeiras com o intuito de favorecer a interação de todas as crianças da sala. Essas atividades promovem não apenas o desenvolvimento do aspecto social do aluno com autismo, mas é responsável também por favorecer o progresso cognitivo, físico e motor. Estabelecer tais tarefas tende a contribuir para a aprendizagem e a conquista de novas habilidades. Esse conjunto é bastante positivo para todo o processo de escolarização que envolve o estudante com autismo. 

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Fonte:

DIAS, Renan Ítalo Rodrigues. A inclusão do aluno com transtorno do espectro autista na escola comum: desafios e possibilidades. Revista EaD & Tecnologias Digitais na Educação, Dourados, v. 7, n. 9, 2019. 

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