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Como trabalhar o aluno com autismo não-verbal em sala de aula?

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e a interação social. Embora haja uma ampla variedade de características e níveis de funcionalidade dentro do espectro do autismo, uma das formas mais desafiadoras é o autismo não-verbal.

Neste artigo, discutiremos o que é o autismo não-verbal, como identificá-lo e forneceremos dicas práticas para os professores trabalharem com alunos nessa condição em sala de aula.

O que é Autismo Verbal e Não-Verbal?

  1. Autismo Verbal: O autismo verbal é caracterizado por dificuldades na comunicação verbal e linguagem. As pessoas com autismo verbal podem ter um vocabulário limitado, dificuldades de articulação e problemas para compreender e usar a linguagem de forma funcional. No entanto, eles geralmente conseguem se expressar verbalmente, embora possam enfrentar desafios significativos nessa área.
  1. Autismo Não-Verbal: O autismo não-verbal é uma forma mais severa de autismo, em que a pessoa tem uma capacidade limitada ou inexistente de falar. Esses indivíduos podem enfrentar dificuldades extremas na comunicação, dependendo de métodos alternativos, como gestos, sinais, comunicação por meio de dispositivos assistivos ou uso de comunicação não verbal, como imagens ou símbolos.

Como Identificar o Autismo Não-Verbal?

  1. Atraso na Aquisição da Linguagem: Uma das primeiras indicações de autismo não-verbal é o atraso significativo na aquisição da linguagem verbal. Enquanto a maioria das crianças começa a falar suas primeiras palavras entre 12 e 18 meses, crianças com autismo não-verbal podem apresentar atrasos substanciais ou não desenvolver a fala.
  1. Comunicação Não-Verbal: Além da falta de fala, as crianças com autismo não-verbal podem apresentar dificuldades na comunicação não-verbal. Isso inclui a falta de contato visual, gestos limitados ou incomuns e a incapacidade de usar expressões faciais para se comunicar.
  1. Dificuldades Sociais: O autismo não-verbal também está associado a dificuldades na interação social. As crianças podem ter dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos, mostrar pouco interesse em brincar com outras pessoas e apresentar comportamentos repetitivos ou estereotipados.

Dicas Práticas para Trabalhar com Autismo Não-Verbal em Sala de Aula:

  1. Comunicação Alternativa e Aumentativa: É fundamental fornecer aos alunos com autismo não-verbal formas alternativas de comunicação. Isso pode incluir o uso de sistemas de comunicação aumentativa e alternativa, como imagens, símbolos ou pranchas de comunicação. Os professores podem criar um ambiente que incentive e apoie o uso desses recursos, disponibilizando materiais visuais, como cartazes ou quadros de comunicação, e incentivando a interação usando essas ferramentas.
  1. Sinalização Visual: Utilizar sinalização visual pode ajudar os alunos a entenderem a rotina diária, as instruções e as expectativas em sala de aula. Os professores podem criar calendários visuais, horários de atividades e listas de tarefas usando imagens ou símbolos para auxiliar na compreensão. Essas representações visuais ajudam a reduzir a ansiedade e fornecem uma estrutura clara para o aluno.
  1. Intervenção Multidisciplinar: Trabalhar com alunos com autismo não-verbal requer uma abordagem multidisciplinar. Os professores devem colaborar com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais especializados em autismo para desenvolver estratégias individualizadas e apoiar as necessidades do aluno em diferentes áreas, como linguagem, habilidades motoras e comportamento.

Em conclusão, o trabalho com alunos autistas não-verbais exige uma abordagem sensível e adaptada às suas necessidades específicas. A comunicação alternativa, o uso de sinalização visual e a colaboração multidisciplinar são estratégias valiosas para promover a inclusão e o desenvolvimento desses alunos. Ao implementar essas dicas práticas, os professores estarão capacitados para oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para alunos com autismo não-verbal, auxiliando-os em seu desenvolvimento acadêmico e social.

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