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Como trabalhar a neuropsicomotricidade no autismo?

A criança diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) requer acompanhamento de especialistas pelo fato de determinados aspectos funcionais ficarem prejudicados, tais como a linguagem e a comunicação; a autogestão das emoções e as hipersensibilidades – para citar apenas alguns. Além disso, existem outros detalhes que precisam ser observados com mais atenção, como a neuropsicomotricidade no autismo.

Afinal, quando bem estimulada, ela auxilia no processo de desenvolvimento do menor e contribui consideravelmente para a evolução cognitiva, social e psicomotora. No entanto, vale recapitular algumas informações que fazem toda a diferença quando relembradas.

O que é neuropsicomotricidade?

De acordo com a professora Juliana Montenegro, do Grupo Rhema Educação, a neuropsicomotricidade é um estudo baseado nas evidências que “a investigação das neurociências nos oferece na atualidade, pois as novas tecnologias de imagiologia cerebral proporcionam uma visão nova do cérebro e em trabalho de qualquer situação problema de adaptação ou de aprendizagem” (MONTENEGRO, 2021).

Além disso, é válido reiterar que a neuropsicomotricidade pode ser definida como uma abordagem cujo enfoque está no desenvolvimento da estrutura, das funções e disfunções no cérebro. Portanto, isso mostra o quanto o conhecimento sobre o tema é importante.

Como abordar a neuropsicomotricidade no autismo?

Para os diagnósticos de TEA, o professor Weslei Jacob salienta que os especialistas precisam propor intervenções psicomotoras voltadas às crianças com autismo. Nesse sentido, os pequenos podem apresentar situações como dificuldades psicomotoras e coordenativas, além das dificuldades de processamento sensorial.

Porém, as recomendações não param por aí e elas se estendem a outros quadros analisados dentro do TEA (no contexto da neuropsicomotricidade). O estudioso aponta as intervenções educacionais e terapêuticas tanto nos atrasos psicomotores quanto nas disfunções identificadas no aspecto neuropsicomotor da criança.

Como a adoção de atividades de neuropsicomotricidade no autismo auxilia no desenvolvimento do pequeno?

O ambiente escolar é extremamente rico no sentido de oferecer uma verdadeira variedade de opções ao aluno TEA. Com isso, podemos reforçar aqui o quanto as brincadeiras realizadas em sala de aula são importantes para o desenvolvimento do educando. Assim sendo, reveja algumas dicas que já publicamos anteriormente em nosso blog.

– Amarelinha é uma brincadeira que desenvolve os movimentos e também o raciocínio lógico da criança, além de ser muito divertida!

– Batata-quente é outra ótima sugestão de atividade que desenvolve os movimentos, e ela ainda pode ser realizada em pé ou sentada.

– Tintas dançantes é uma atividade muito divertida de ser fazer com os alunos, pois eles ficam curiosos e divertidos com as misturas de cores.

– É hora de preparar tinta, papel, canetinhas, lápis de colorir, giz de cera, revista, cola e tesoura. Um tempo para exercitar a criação livre ajuda a desenvolver a criatividade e diminuir o estresse.

Tampinhas coloridas é uma brincadeira que pode ser muito divertida, além de ajudar a desenvolver no aluno TEA a percepção de tamanho, formas, texturas, semelhanças e diferenças, etc.

– Jogos de tabuleiro também podem ser utilizados para desenvolver a flexibilidade no aluno TEA, além de garantir a participação física na atividade.

Brincar com fantoches, exagerando nos gestos e expressões estimulam a empatia em criança TEA.

– Contação de histórias e brincar de faz de conta são outras atividades que visam a desenvolver a sociabilidade da criança, pois promove a interação entre crianças e professores. 

Por que a neuropsicomotricidade é algo que deve ser sempre estimulado?

Considerando que a neuropsicomotricidade no autismo influencia a psicomotricidade dos pequenos, então nada melhor que trabalhá-la de maneira consistente, fundamentada e lúdica. Com isso, podemos citar aqui os fatores neuropsicomotores:

– Tonicidade como sistema neuroemocional e a comunicação não-verbal;

– Controle postural e equilibração com a atenção, a integração sensorial proprioceptiva, exteroceptiva e a regulação comportamental;

– Lateralização com especialização hemisférica e o potencial de aprendizagem;

– Estruturação espaço-temporal com a gnosia dos objetos e a gnosia localizacional e posicional e a concomitante orientação, monitorização temporal e pilotagem espacial;

– Praxia global e o investimento lúdico, a inteligência cinestésica, o desenvolvimento da autoestima e da autoeficácia;

– Praxia fina e sua implicação na planificação, execução e monitoração e monitorização da criatividade na criatividade não-simbólica e simbólica e na resolução de problemas (MONTENEGRO, 2021).

Você sabe quais são os 3 pilares da neuropsicomotricidade?

Esse questionamento sempre ressurge nos artigos, pois é muito importante que vocês saibam o motivo destes 3 pontos bem específicos. Eles são os seguintes:

Querer fazer – emocional (sistema límbico);

Poder fazer – motor (sistema reticular);

Saber fazer – cognitivo (córtex cerebral).

A partir dos pilares acima, os especialistas conseguem identificar a forma que o cérebro atua e estabelecem as intervenções necessárias para a criança que vive com autismo o seu aspecto neuropsicomotor trabalhado.

Qual o caminho para se aprofundar no tema?

Quem deseja mergulhar neste assunto deve optar por um curso que está totalmente baseado em evidências científicas. Por meio de muita teoria e aulas expositivas, o profissional vai poder contar com uma preparação incrível com quem entende da temática.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TEA – Neuropsicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes no assunto.

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Referências

JACOB, Weslei. Como trabalhar a neuropsicomotricidade em alunos com TEA? Grupo Rhema Educação, 2022.

MONTENEGRO, Juliana. Neuropsicomotricidade, Grupo Rhema Educação, 2021.

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