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Como trabalhar a memória de trabalho com uma criança com TEA?

Um dos pontos mais desafiadores para qualquer terapeuta ou profissional que trabalhe com crianças no TEA (Transtorno do Espectro Autista) é como estimular a sua memória de trabalho. Nesse sentido, criar estratégias que auxiliem o pequeno a exercitá-la é uma excelente maneira de praticar essa importante habilidade cognitiva.

Antes de tudo, saber sobre o que se trata uma memória de trabalho ajuda aqueles que se interessam pelo tema a conhecerem mais sobre determinados comportamentos e atos relacionados ao autismo. Desse modo, estabelecer as técnicas que contribuam com o seu desenvolvimento é fundamental.

O que é memória de trabalho?

Primeiramente, a memória de trabalho – também conhecida como memória operacional – pode ser definida como um elemento das funções executivas de todo indivíduo. Em outras palavras, ela é a capacidade que nós temos para a memória de curto prazo. Ou seja, voltada para os afazeres constantes ou ações mais simples.

 É importante ressaltar que essa função é responsável por armazenar e reter informações no momento em que alguma tarefa está em execução. Durante as atividades pedagógicas, por exemplo, é muito comum que a gente consiga conciliá-la com a memória de trabalho.

Inclusive, esta memória é utilizada para fornecer o suporte à leitura, à utilização de jogos, ao aprimoramento da linguagem e outras atividades ligadas ao aspecto cognitivo. A literatura científica já identificou os componentes que integram essa habilidade São elas:

Executivo central;

– Alça fonoarticulatória;

– Esboço visuoespacial;

 – Buffer episódico.

Que atividades podem ser utilizadas com a memória de trabalho no TEA?

Uma vez que as crianças com TEA apresentam grande dificuldade para armazenar informações, a solução para esses casos deve ser aquela que prioriza o tempo do aluno e a capacidade que ele tem para assimilar os comandos. Dessa forma, os professores e os auxiliares de turma podem fazer as seguintes ações:

– Utilizar instruções que sejam simples e claras, de modo a contribuir para a compreensão dos pequenos;

– Repetir os enunciados para os alunos quantas vezes forem necessárias;

– Estimular que os pequenos formulem ou reformulem as dúvidas que surgirem;

– Utilizar recursos visuais que ajudem as crianças a compreenderem o que se pede nas atividades, tarefas e exames.

– O uso de recursos eletrônicos é uma excelente estratégia para facilitar a memória operacional do aluno, uma vez que os jogos eletrônicos podem contribuir para a percepção do pequeno. Porém, é importante que haja o acompanhamento necessário das professoras;

– Se a tarefa for relativamente grande, tente dividi-la em etapas;

– Procurar falar de maneira que demonstre a sua disposição em ajudar;

– Criar locais ou situações específicas em sala de aula para que a criança consiga assimilar com as determinadas funções. Por exemplo: local para colocar mochila, marcar os cadernos que devem ser levados em dias definidos etc.

Como é a memória de trabalho no autismo?

O processo de ensino-aprendizagem é diretamente influenciado pela memória de trabalho e pela adquirida capacidade de leitura. Aliás, estudiosos já constataram que os recursos utilizados na memória de trabalho são primordiais para a integração das informações trabalhadas e no fortalecimento da compreensão leitora.

Diante do papel estratégico que a memória de trabalho exerce, é possível ter a dimensão do quanto ela é importante para crianças com TEA. No entanto, o quadro deficitário dessa habilidade cognitiva pode acarretar em problemas bem sérios na aprendizagem do aluno com autismo.

Segundo levantamentos, uma criança com autismo pode apresentar comprometimento nas funções executivas. O resultado disso é a ocorrência de padrões restritos e repetitivos de interesses e de atividades.

Além disso, quando alguma dessas funções apresenta um déficit, o desenvolvimento da linguagem tende a ficar prejudicado. Outro detalhe que deve ser olhado com atenção é que a memória de trabalho no TEA, uma vez comprometida, gera quadros de desatenção, dificuldades para lidar com sequências e que envolvam raciocínios e, também, situações que exijam flexibilidade.

Assim, há a necessidade de se criar um conjunto de iniciativas que podem ajudar esses alunos a evoluírem essa parte tão decisiva do aspecto cognitivo. Por isso, propor melhorias que trabalhem a memória de trabalho no TEA é algo necessário.

Como a família pode contribuir para estimular a memória de trabalho?

No ambiente doméstico, a situação pode ser benéfica também para os pequenos a partir do momento em que os familiares passam a criar condições para o trabalho da memória operacional. Estabelecer a:

Hora do dever de casa;

– Hora da refeição;

– Hora de ajudar nos afazeres;

– Cantinho do material escolar;

– Momento da higiene pessoal (banho, escovar os dentes, lavar as mãos, colocar a roupa usada no cesto etc).

Por que se especializar?

A busca pelo conhecimento deve fazer parte de todos aqueles que trabalham com a educação. Dessa forma, a opção por uma trajetória que ajude a abrir os horizontes e a proporcionar novas abordagens é o melhor caminho.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TEA, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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