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Como realizar uma avaliação psicopedagógica

Vocês já direcionaram algum aluno para avaliação psicopedagógica? O poder que esse acompanhamento representa é enorme e reflete no processo do desenvolvimento acadêmico da criança, além de refletir em um melhor aproveitamento do trabalho realizado pelos educadores. 

É importante lembrar alguns conceitos, pois o reforço de algumas ideias pode ser essencial. Portanto, vamos elaborar um roteiro em que as principais respostas são disponibilizadas.

Em que consiste a avaliação psicopedagógica?

Esse processo tende a investigar e observar os caminhos que influenciam o ensino e a aprendizagem da criança, por meio do levantamento de informações sobre o aluno. O diagnóstico originado dessa análise é fruto do trabalho investigativo realizado. 

A função do psicopedagogo é sair em busca de informações, vestígios, pistas e tudo mais que se refere ao processo ligado à habilidade de aprendizado do estudante. No entanto, esses dados seguem abordagem criteriosa que reforça a investigação e torna o trabalho bastante minucioso. 

Alguns teóricos, como Weiss (2004) e Rubinstein (1996), reforçam a ideia de que a avaliação psicopedagógica tem a intenção de promover uma busca acerca de pontos que não estão adequados com o indivíduo em relação ao comportamento que é esperado. O grande objetivo é entender a forma pela qual a criança aprende. 

Quais são as principais etapas de uma avaliação psicopedagógica?

Esse trabalho tem início por meio de uma entrevista feita com os pais do pequeno. Além disso, o psicopedagogo confere todo o material utilizado pelo aluno no contexto escolar: atividades de matemática, leitura e escrita. O especialista realiza aplicação de testes que tendem a avaliar o aspecto cognitivo e o nível de pensamento do estudante. 

Nesse processo, o profissional exerce a observação direta do contexto que envolve a criança. Geralmente, a avaliação tem a intenção de encontrar respostas de questionamentos originados em queixas do próprio aluno, de sua família ou da escola do pequeno. Lembrando que boa parte desses relatos é proveniente das dificuldades de aprendizagem e tudo que está envolvido a este aspecto. 

O psicopedagogo pode utilizar a técnica da anamnese para facilitar a investigação sobre a história de vida da criança; assim como entrevistar o pequeno e realizar contato com os professores (nessa etapa, vocês podem relatar todos os pontos que levantaram suspeitas acerca do rendimento do aluno frente ao processo de aprendizagem). 

Quais são os instrumentos da avaliação psicopedagógica?

É importante lembrar que a anamnese é apenas uma das técnicas utilizadas pelos profissionais. Eles também podem fazer o uso dos seguintes instrumentos: Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA), Provas Operatórias de Piaget, Teste de Desempenho Escolar; além disso, atividades de leitura e escrita; aritmética e interpretação de texto. Cada uma delas tem a função de traçar objetivos que possam trabalhar a dificuldade de aprendizagem de um aluno. 

– EOCA

Esta técnica pede que a criança mostre ao especialista o que ela sabe fazer, o que foi ensinado e o que aprendeu. Baseando-se em três pilares, o teste visa à formulação de hipóteses que resultarão em um diagnóstico;

– Provas Operatórias de Piaget

Elas ajudam o psicopedagogo na observação do nível do aspecto cognitivo do pequeno, além do conhecimento acerca do desenvolvimento da função lógica do estudante. 

– Teste de Desempenho Escolar

É um instrumento que possibilita a avaliação das capacidades que são essenciais para o desempenho no contexto da escola.

– Atividades de leitura e escrita; aritmética e interpretação de texto

Interessante ressaltar que nesta etapa a criança pode aproveitar o aspecto lúdico que muitas dessas atividades têm. Com isso, o psicopedagogo pode observar o nível de aprendizagem do pequeno e detectar alguma dificuldade que esteja em evidência. 

Fonte:

MOREIRA, Maytê Pordeus. Avaliação Psicopedagógica e suas contribuições na hipótese diagnóstica da deficiência intelectual. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015. 

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