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Como identificar o Transtorno de Integração Sensorial no TEA

O tema de hoje é como identificar o transtorno de integração sensorial em crianças com TEA. Você professor, já conhece esse transtorno? Conhece quais são as características dele? Imagina como ajudar os alunos que possam apresentar estes sintomas? Afinal, a estimativa é de que uma em cada vinte crianças apresente algum transtorno sensorial, e, além disso, dentro do espectro autista este transtorno é bastante comum.

A integração Sensorial é o processo pelo qual o cérebro recebe as informações externas e as organiza, de modo a proporcionar uma resposta adequada, utilizando as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a possibilitar o uso eficiente deste mesmo ambiente.  

Através dos sentidos de visão, audição, paladar, olfato e tato é que conseguimos perceber o mundo ao nosso redor. Imagine agora um mundo sem som ou cor, sem gosto e sem cheiro. Imagine um mundo onde a capacidade de perceber os objetos a nossa volta não funcione corretamente, impedindo que o tamanho, a forma ou a profundidade deste determinado objeto seja percebida. Ou imagine o contrário, um mundo onde tudo é demais, o som se transforma em uma cacofonia, cores são berrantes e confusas, os gostos e cheiros são fortes demais, o menor toque pode se tornar dolorido, enfim, tudo se torna demasiado, cansativo e estressante.  

Para uma criança com TEA, o mundo pode ser de um jeito ou de outro, dependendo do comprometimento sensorial que ela apresenta. Nestes casos em que o processo de integração sensorial é desorganizado, problemas de aprendizagem, desenvolvimento e comportamento aparecem, dificultando a interação da criança com brinquedos, brincadeiras, com o meio em que está inserida e com a família. Afinal nossos sentidos são a porta de entrada para inúmeras informações externas que percorrem um longo caminho pelo sistema nervoso até chegar ao cérebro, onde a informação é processada.

Como os caminhos que as sensações fazem até o cérebro variam, o resultado dessa sensação varia também, fazendo com que sensações agradáveis para uns possam se tornar extremamente desagradáveis para outros, podendo inclusive variar em graus. 

A resposta que o cérebro envia pode ser Hipersensibilidade, Hipossensibilidade, ou ainda Intensidade Adequada. E também pode ser de intensidade Leve, Moderada ou Intensa.

A seguir, conheça alguns dos sintomas do Transtorno  de Integração Sensorial:

  • A criança escolhe sempre o mesmo brinquedo, que tem um papel claro e bem definido;  
  • A criança muda de uma atividade para a outra, sem concluir nenhuma;
  • Desenha sempre as mesmas figuras;
  • É desajeitado e esbarra nos móveis;
  • Não antecipa o movimento, por isso tem dificuldade em pegar objetos lançados à ela;
  • Prefere atividades em que poucos movimentos são exigidos;
  • Tem dificuldade na alimentação, higiene e vestuário;
  • Como se frustra facilmente, evita situações novas;
  • Gosta de criar rituais e seguir uma rotina preestabelecida;
  • A criança apresenta dificuldade na imitação;
  • Não consegue julgar a força necessária para tocar um objeto ou pessoa;
  • Não gosta de cortar unhas e pentear o cabelo;
  • Etiquetas nas roupas são incomodas;
  • Sofre ao escovar os dentes;
  • Fica enjoado com movimento, então carro, ônibus ou mesmo parquinhos (gira gira, balanço, escorregador) são evitados;
  • Não gosta de ficar em filas;
  • Barulhos de geladeira, liquidificador e ventilador incomodam e distraem;
  • Se morde, ou morde os outros; 
  • Cheira objetos;
  • Gosta de cair;
  • Usa roupas tortas ou torcidas;
  • Não se suja, por isso não participa de brincadeiras como pintura e argila; ou o oposto, gosta de se sujar e não percebe que se sujou;  
  • Se incomoda com caricias, evita o toque, reage agressivamente e fica sempre distante das pessoas, ou toca objetos e pessoas excessivamente;
  • Chora quando toma banho, ou adora tomar banho;
  • Não anda descalço ou não quer usar sapato;
  • Não fica saciado, ou não sente fome;
  • Não ouve quando chamado, parece ter pouca audição, ou adora sons altos e barulhos;

Pais e professores são as pessoas que tem maior contato com as crianças, por isso é bom ficar de olho nos indicadores do Transtorno e proporcionar o tratamento mais adequado a criança.

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