Como a neuroplasticidade do cérebro ajuda crianças com transtorno de aprendizagem, a aprender a ler e escrever e como usar em sala de aula?
Professor, já pensou em como ocorre o processo de aprendizagem dentro da cabecinha de seu aluno? Já pensou em como nosso cérebro consegue transformar o som em uma palavra e de volta em um som? No conteúdo de hoje, vamos explorar este assunto, como as crianças que possuem transtorno da linguagem podem se beneficiar com métodos pedagógicos diversos com uso de Neuroplasticidade.
Aproveite a leitura, conheça como a Neuroplasticidade ajuda no desenvolvimento de aprendizagem da criança.
O cérebro humano é a estrutura mais complexa que conhecemos. Ele é composto por uma rede de mais de 100 bilhões de neurônios interligados, se comunicando através das vias neurais ou sinapses. Com um funcionamento totalmente coordenado e integrado, esse órgão é responsável por ouvir, sentir, pensar, respirar, movimentar o corpo, construir nossa percepção sobre nós e sobre o mundo externo, enfim, o cérebro controla todos os mecanismos de nossas ações, voluntárias e involuntárias. Cada área do cérebro é responsável por uma função, e todas as áreas se comunicam entre si.
A cada vez que aprendemos algo novo, o cérebro fica encarregado de armazenar essas informações, de modo que o conhecimento adquirido possa ser utilizado quando necessário. Dessa forma todas as experiências e vivencias e aprendizados que adquirimos vão criando novos caminhos desenvolvidos pelos neurônios, as vias neurais ou sinapses. Quanto mais aprendemos, melhor e mais forte fica essa comunicação entre os neurônios, e mais sinapses são criadas dentro do cérebro.
Quando o cérebro sofre uma lesão ou dano em alguma de suas estruturas, ele é capaz de se alterar e se regenerar através da NEUROPLASTICIDADE, que é a capacidade que o cérebro tem de se adaptar as mudanças através do sistema nervoso, reorganizando os neurônios e as vias neurais, criando novas sinapses, se moldando aos novos níveis estruturais por meio de aprendizagem, necessidade, estímulos, vivencia e o ambiente em que estamos inseridos.
De forma simples, imagine os neurônios percorrendo diversas estradas. Em caso de bloqueio em uma dessas estradas, a neuroplasticidade é o que permite ao cérebro se adaptar e criar uma “nova estrada” para que a informação chegue ao seu destino final. Essa remodelagem ocorre permitindo que novas ligações entre os neurônios sejam estabelecidas, alterando as sinapses existentes e criando uma nova rede de conexões.
A neuroplasticidade é um processo diário e natural do corpo humano, que age com diferentes fatores sobre ela: idade, hábitos, comportamentos, aprendizagem. Na fase adulta a neuroplasticidade é útil, principalmente, em casos de lesão física, trauma, derrame ou acidente vascular cerebral, pois permite que o indivíduo adulto se adapte as novas necessidades existentes, mas ela pode ocorrer também por meio de novos aprendizados, como estudar um novo idioma ou aprender a nadar.
Na infância, a neuroplasticidade tem papel fundamental no desenvolvimento da criança, afinal essa é a fase em que novos conhecimentos são adquiridos de forma vertiginosa, não só conhecimento de fatores biológicos, como caminhar e falar, mas também conhecimentos de comportamentos sociais, como convivência com outras pessoas e percepção de emoções.
Já sabemos que existe uma programação genética para a linguagem falada, porém não existe tal programação para a leitura. Sendo assim, é necessário que o cérebro desenvolva sistemas específicos para tal habilidade. Na primeira etapa do aprendizado da leitura, ocorre a fase logografica ou pictórica, onde as competências visuais e lingüísticas das crianças se reorganizam em preparação para a próxima fase. Na etapa fonológica, uma nova via é criada, ocasionando a sistematização da conversão de grafemas em fonemas, associando cada letra a sua pronuncia, ou seja, para aprender a ler as áreas visuais da criança aprendem a decompor a palavra em letras e em grafemas, e outra região do cérebro analisa a fala e modifica o código a fim de representar os fonemas. Essa conversão de grafema-fonema é única na história do homem, transformando o cérebro da criança radicalmente e mudando para sempre sua forma de escutar os sons falados.
Dicas para melhorar a neuroplasticidade
- Estimule seu aluno a aprender!
Aprender coisas novas, não importa o que, de maneira constante. Seja um idioma, um instrumento musical, um esporte, qualquer que seja a nova habilidade que esta aprendendo, ele vai criar novas sinapses no cérebro!
- Utilize formas diferentes para as atividades!
Tire seu aluno da rotina, não o deixe realizar atividades no modo automático, apenas percorrendo a mesma “estrada” diversas vezes. Mude ao menos alguns aspectos desse caminho, tente fazer algo de maneira diferente, estimule outras formas de armazenar informação com música, dança ou teatro.
- Do começo ao fim das atividades!
Para realmente aprender algo, é necessário foco e concentração, caso contrário o aprendizado se torna irregular e mais demorado. Portanto, quando iniciar uma atividade nova em sala de aula, tome cuidado com interrupções e distrações.
- Exercite a emoção e a razão!
Cada área do cérebro concentra uma atividade principal, o lado esquerdo é responsável pelo raciocínio, e o lado direito atua sobre a criatividade. Quanto mais exercitamos esses lados, mais rápido e potente ficam as conexões sinápticas. Ou seja, quanto mais diversificada sua aula, mais completa ela será.
- Nutrição em primeiro lugar!
Alimentação balanceada com todas as vitaminas que o corpo precisa é fundamental. Maus hábitos nada mais são do que caminhos neurais automáticos existentes no cérebro. Por isso, substitua lanchinhos pobres em vitaminas por frutas até o cérebro criar novos hábitos saudáveis.
- Dormir é importante!
Um bom período de descanso é tudo de que o cérebro precisa para poder processar e gravar os novos caminhos criados durante o dia! Garantir uma boa noite de sono combate o estresse, grava as memórias e retém informações. Sempre mantenha os pais informados do quão cansada e estressada a criança está, e o quão importante é ter rotina do sono com horários estabelecidos pelos pais.
Ou seja, professor, se mudarmos os caminhos em sala de aula, utilizando novos métodos e ferramentas diferentes, estimulando as percepções e as emoções de nossos alunos, estaremos desenvolvendo mais do que habilidades de leitura e escrita, desenvolveremos conexões poderosas que nossos alunos levarão por toda a vida! E para isto é essencial que você garanta e aprenda mais estratégias para identificar e trabalhar o manejo de transtornos de aprendizagem, com este objetivo o GRUPO RHEMA está promovendo um MEGA COMBO com preço PROMOCIONAL de dois cursos de capacitação on-line para potencializar seus conhecimentos e ampliar seu raio de atuação: NEUROCIÊNCIA + TRANSTORNOS DA LINGUAGEM DESCONTO ESPECIAL de R$ 299,80 por apenas R$179,80 (e você pode parcelar ainda em até 5x). Clique aqui e aqui garanta agora mesmo esta oportunidade.