Quais as etapas do desenvolvimento neuropsicomotor na infância?
Durante a infância, o processo de desenvolvimento neuropsicomotor da criança passa por diferentes etapas. Todas elas são responsáveis por representar ganhos consideráveis na vida dos pequenos.
O que você vai encontrar neste artigo:
Dessa forma, conhecer quais são cada uma dessas fases é importante não só para quem está começando a trilhar os primeiros passos, mas também para os professores. A propósito, quando os educadores dominam essa abordagem, o trabalho desempenhado por eles tende a ser bem aproveitado, pois acontece a junção da teoria e da prática.
Isso também reflete diretamente na maneira que a criança pode ser observada, tendo em vista as características que cada grupo de faixa etária costuma explorar suas habilidades dentro do desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto, conhecer como ocorrem esses processos é fundamental.
Quais são as etapas presentes no desenvolvimento neuropsicomotor?
Identificar os ciclos referentes à aquisição desse sistema tão importante para o amadurecimento da criança contribui bastante para proporcionar o progresso dos pequenos. Em artigo anterior, já publicamos que etapas eram essas. Relembre abaixo:
– Do nascimento aos 5 meses
Nessa fase, destaca-se uma série de sinais que o bebê começa a manifestar. Assim sendo, é possível elencar as seguintes características: postura incipiente e assimétrica; dominância do tônus flexor – há que se ressaltar que o pequeno ainda mostra o movimento de braços e pernas um pouco mais dobrados.
Além disso, por volta do segundo mês, os pais podem observar que o filho consegue ficar de bruços e se apoiar gradativamente pelos cotovelos; ele mexe os ombros e a cabeça com mais desenvoltura.
No período que compreende o 4º e o 5º mês, o bebê demonstra alguns avanços consideráveis, como a facilidade de rolar pelos lados e a preensão maior das mãos. O pequeno consegue segurar objetos maiores.
– Entre os 6 e os 8 meses
A partir dessa etapa, podemos perceber que o bebê começa a firmar melhor o tronco. Porém, é preciso salientar que no 6º mês a criança ainda senta com o apoio de algum suporte. No 7º mês, ela já está apta a se sentar sem se apoiar. Aliás, o pequeno também começa a engatinhar e arrastar-se.
– Entre os 9 e os 12 meses
No 9º mês, o ato de engatinhar se fortalece, mas o bebê conquista outras realizações, como andar com apoio e fazer movimento de pinça para pegar objetos menores. Quando ele completa 10 meses, o ato de andar fica mais evoluído, pois é possível andar sem apoio.
– Até 1 ano e 6 meses
Aqui, a criança entra na fase da independência, pois ela começa a querer andar sozinha e a subir degraus, além de aumentar a velocidade dos passos, iniciando ação de correr.
– Entre 1 e 2 anos
O pequeno ganha mais segurança para aperfeiçoar as habilidades conquistadas até então. Portanto, notamos uma melhora na coordenação motora.
– A partir dos 3 anos
Nesse período, as crianças conseguem andar e correr com precisão. Além disso, elas já podem se posicionar de maneira mais segura, andar de costas em pequenos percursos; adquire mais conhecimento acerca de sua coordenação motora e consciência corporal.
No ambiente pedagógico, destaca-se a tentativa em desenhar pessoas (ainda em rabiscos); vira as páginas dos livros; dobra papel pela metade e desenha círculo. Aliás, o aluno ganha mais habilidades para manejar massinhas de modelar, entre outros feitos.
Que outras habilidades podem ser beneficiadas com o desenvolvimento neuropsicomotor?
É comum que muitas pessoas pensem o aspecto neuropsicomotor como algo que está familiarizado apenas com a coordenação motora, mas não é. Nesse caso, há outras conquistas adquiridas pelas crianças por meio desse desenvolvimento.
Isso também ocorre por meio dos estímulos que já são praticados com a intenção de induzir a motricidade. Assim sendo, as habilidades que podem notadas são as seguintes:
– Linguagem: chorar, sorrir e falar.
– Psicossocial: estranhar, interagir, adquirir independência.
(Obs. de Saúde da Criança e do Adolescente – Fac. de Medicina UFMG, 31 jul. 2020)
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança?
Especialistas consideram que os riscos existentes para problemas que afetam o aspecto neuropsicomotor dos pequenos podem ser bem variados. Pesquisa realizada pela UFSC (2020) mostra uma série de motivos que podem gerar essas situações. Desse modo, a comunidade médica divide esses fatores em dois grupos:
– Fatores de risco biológico
Destaca-se aqui algumas ocorrências que acometem parte das crianças: prematuridade, baixo peso ao nascer; uso de álcool e drogas durante a gestação; malformações congênitas e infecções congênitas – como sífilis, HIV, rubéola, entre outros.
– Fatores de risco ambiental
Já nesta categoria, o mesmo estudo revela que os fatores associados ao aspecto ambiental estão ligados, principalmente, às questões econômicas e sociais. Em outras palavras, condições inadequadas de subsistência podem causar impactos diretos e indiretos no processo de desenvolvimento neuropsicomotor dos pequenos.
Como aprofundar o conhecimento?
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Referência
UFSC. Crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: o papel da atenção primária à saúde [recurso eletrônico]. Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina – UFSC, 2020.