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Educação infantil em tempos de pandemia desafios e possibilidades

Olá, professores!

O ano de 2020 simbolizou um verdadeiro desafio para todas as áreas. Nesse sentido, não houve quem não precisasse se reinventar ou rever conceitos. Com isso, as pessoas tiveram que se adaptar a novos comportamentos e formatos para conter o avanço do novo coronavírus. Assim sendo, a educação também sofreu impactos severos no primeiro momento da pandemia.

No entanto, mesmo que as instituições tenham aderido a modalidades alternativas de ensino, palavras como desafios e possibilidades ganharam espaço e revelaram o cenário atual. Dessa forma, a educação a distância ou remota foi a maneira encontrada para que as crianças não ficassem sem acesso a conteúdos pedagógicos.

Além disso, os educadores também representam uma classe profissional que se viu diante de grandes provações, tendo em vista o uso de novas tecnologias. Com efeito, muitos deles precisaram se adequar a gravações de aula, edição, aulas ao vivo, gerenciamento de equipamentos de áudio, luzes, plataformas virtuais e outros objetos.

Quais foram os primeiros desafios encontrados?

Tudo foi feito para proporcionar a melhor experiência aos alunos e não deixar a qualidade do ensino prejudicada. Portanto, o lado desafiador começou nessa missão: levar a educação remota para as crianças. Inclusive, a didática foi outro ponto que precisou ser modificado de forma a abranger as necessidades de ambas as partes: alunos e professores.

Contudo, muitas escolas ainda mantêm esse formato, quase um ano depois da readaptação adotada pelas instituições frente ao caos gerado pela pandemia do novo coronavírus. Entretanto, as adaptações são responsáveis por desafios diários e as chances de possibilidades na seara educacional.

E os pais, que desafios encontraram?

Em primeiro lugar, as crianças e os educadores não estão sozinhos neste cenário de reformulação educacional. Afinal, as famílias também precisaram se restabelecer para criar espaços que possibilitassem o ensino remoto.

Inclusive, pais e mães tiveram que se adaptar a fim de estar por perto diante de alguma dificuldade da criança ao manusear ou usar aparelhos (smartphones, computadores, TV) onde as aulas eram e são transmitidas. Com isso, os responsáveis pelos pequenos são parte integrante desse novo formato de lecionar.

Muitos deles tiveram que trabalhar em home office ou até mesmo perderam seus postos de trabalho, algo que os deixou dentro de casa com as crianças por mais tempo. Portanto, os adultos precisaram estabelecer rotinas que os aproximassem de seus filhos em meio à educação a distância.

No contexto da pandemia, algumas dimensões foram pensadas nos comportamentos das famílias. Dessa forma, um dos aspectos que vieram à tona foi a ligação entre o ambiente doméstico e a escola.

Em outras palavras, é importante pensar nas medidas adotadas que têm o principal objetivo de transformar o espaço do lar em uma extensão da sala de aula, mas sem abrir mão do compromisso educacional. Com isso, um dos desafios enfrentados pelos pais foi tornar o meio doméstico em um local adequado ao ensino e aprendizagem.

Além disso, driblar pontos que poderiam ser obstáculos, tais como ruídos ou qualquer outra situação com o poder tirar a atenção da criança. Portanto, os pais precisam estar alinhados à missão de proporcionar uma experiência pedagógica satisfatória aos pequenos.

Quais são as impressões entre os educadores?

Segundo levantamento realizado por pesquisadores da USP, os professores sentiram o impacto da pandemia. O estudo procurou investigar a percepção dos educadores da Rede Estadual de Educação do Estado de São Paulo.

A pesquisa se chama ‘Educação, docência e a Covid-19’ e contou com 26 questões. Ao todo, foram 19.221 participantes espalhados em 544 municípios. Os estudiosos constataram os seguintes dados sobre a saúde mental dos professores na pandemia:

– Medo, tristeza, insegurança, ansiedade, angústia e incerteza são os principais sentimentos associados à pandemia (somando 48,1% das respostas).


– Cerca de 53% se consideram muito ou totalmente vulneráveis a contrair o vírus causador da covid-19.


– Apesar dos desafios trazidos pessoal e profissionalmente pela pandemia, 63% afirmam manter boa saúde mental e 72% afirmam não sentir necessidade de apoio especializado.

*(‘Educação, docência e a Covid-19’, USP, 2020).

https://www.youtube.com/watch?v=l44iq8b38YE

Que possibilidades podemos vislumbrar?

As medidas adotadas por instituições de ensino podem gerar um novo caminho. Ou seja, diante de situações adversas, as possibilidades também tendem a se mostrar presentes.

Com efeito, professores e demais funcionários das escolas passaram a conhecer ou a aprofundar o uso de ferramentas de tecnologia da informação e comunicação. Isso significa que os educadores estarão preparados para uma nova interação com os alunos.

Inclusive, o ensino remoto veio para ficar. Não necessariamente com o intuito de substituir a modalidade presencial, até mesmo porque a interação social entre as crianças é fundamental para seu desenvolvimento. No entanto, a realização de aulas a distância está aí para suprir a demanda de alunos que não podem se expor, por exemplo.

Entretanto, sabe-se que nem todos têm a chance de contar com as ferramentas tecnológicas, o que impacta no percurso pedagógico dos pequenos. De qualquer forma, a torcida é para que a situação melhore a fim de que todas as crianças tenham o acesso necessário a uma aprendizagem eficiente e satisfatória.

Referências:

GRANDISOLI, E; JACOBI, P.R; MARCHINI, S. Educação e pandemia: desafios e perspectivas. Jornal da USP, 2020.

GUIZZO, B. S.; MARCELLO, F. de A. and MULLER, F. A reinvenção do cotidiano em tempos de pandemia. Educ. Pesqui. [online]. 2020, vol. 46.  

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