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Como Estimular a Interação Social no Autismo

A jornada de estimular a interação social em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é repleta de desafios e conquistas. Compreender as nuances e adotar estratégias adequadas é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças.

Neste artigo, exploraremos como é possível promover a interação social no autismo, com destaque para as abordagens apresentadas na palestra “ABA e a Elaboração do Plano de Ensino Individualizado para Criança com TEA,” ministrada por Maria Eduvirges Guerreiro Leme, Mestre em Metodologias do Ensino de Linguagens e suas Tecnologias.

Vamos nessa?

Desenvolvimento de Habilidades no TEA

O TEA apresenta desafios específicos, incluindo dificuldades sensoriais, atraso de linguagem e problemas na comunicação. No entanto, é possível desenvolver habilidades cruciais:

  • Comunicação: Atividades direcionadas para melhorar a comunicação;
  • Linguagem: Utilização de pistas visuais para facilitar a compreensão;
  • Interação Social: Aprendizado de pistas sociais e práticas de interação entre pares;
  • Recreação: Inclusão de atividades de lazer e brincadeiras;
  • Comportamentos Alterados: Estratégias visando previsibilidade e estabilidade;
  • Hábitos de Trabalho: Envolvendo atenção, planejamento e organização.

Destaca-se a importância do Plano Educacional Individualizado (PEI) nesse processo, alinhado com os princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA). O PEI atua como um guia personalizado para o desenvolvimento e normalização dos comportamentos.

Plano Educacional Individualizado (PEI) e ABA

O PEI é uma ferramenta vital para planejar e acompanhar o processo educacional de estudantes com TEA. Alinhado com a ABA, a análise do comportamento humano, o PEI contribui significativamente para o desenvolvimento individualizado.

O modelo do PEI abrange seis áreas de habilidades a serem planejadas:

  • Acadêmicas;
  • Vida Diária;
  • Motoras;
  • Sociais;
  • Recreação;
  • Pré-Profissionais/Profissionais.

A coleta detalhada de informações sobre o estudante é essencial, proporcionando uma compreensão abrangente de seu comportamento e necessidades no ambiente escolar.

Estratégias para Melhorar a Interação Social no Autismo

  • Busca de Ajuda Especializada: Consultar profissionais especializados para orientação.
  • Prática de Novas Habilidades: Praticar em diferentes ambientes e com pessoas diversas.
  • Diálogo Constante: Estimular o diálogo sobre situações do dia a dia, incentivando a expressão de sentimentos.
  • Imitações e Expressões Faciais: Praticar imitações de expressões faciais e explicar seus significados.
  • Inclusão nas Conversas: Incentivar a interação, mesmo que a resposta não seja verbal.
  • Livros de Histórias: Utilizar livros com imagens para interpretação, incentivando a expressão de ideias.
  • Brincadeiras Estruturadas: Introduzir jogos e brincadeiras que promovam espera e interação.

Ambiente Escolar Inclusivo

A entrada de uma criança com TEA na escola demanda adaptações e compreensão por parte dos educadores. A análise das capacidades subjetivas é crucial para promover a socialização e a psicomotricidade. O uso de objetos atrativos pode manter a atenção da criança durante as tarefas, e o processo de ensino deve ser adaptado de acordo com o interesse individual.

Interação Social no Autismo: Importância das Terapias e Envolvimento da Família

Terapias com fonoaudiólogos e psicólogos são fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças com TEA, complementando o apoio da família e da escola. A interação social dos autistas é um resultado da dedicação coletiva.

Para aprofundar seus conhecimentos em transtornos comportamentais, explore nossa Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista (TEA) aqui.

Ao promover uma abordagem inclusiva e personalizada, contribuímos para o florescimento dessas crianças, fortalecendo os laços sociais e proporcionando um ambiente educacional enriquecedor. Invista na sua formação e faça a diferença na vida dos seus alunos!

Referências Bibliográficas:

  • MOREIRA, M. B. ; MEDEIROS, C. A. . Princípios básicos de análise do
    comportamento. 2. ed. Porto Alegre; Artmed, 2007.
  • PEI-Instituto Municipal Helena Antipoff.

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